CONTO de NATAL
Estávamos na época de Natal e o Alvarinho, nesse dia, ao acordar, ficou muito contente, pois o dia dos anos do Menino que toca no coração de todos os homens estava mesmo a chegar.Era neste dia do aniversário do Menino Jesus que o Pai Natal vinha visitar todos os meninos, em cada ano, com o seu enorme saco cheio de surpresas para cada um.
Próprio dos seus sete aninhos, esperava com ansiedade o cair da noite para voltar a dormir e, na manhã seguinte, poder olhar para os seus sapatinhos que estavam em frente à porta, pois não tinha árvore de Natal.
Adormeceu muito tarde, para ver se conseguia ver o velhinho de barbas brancas, vestido de vermelho e com o saco cheio de presentes, mas o sono foi maior do que a sua vontade, e adormeceu profundamente.
Na manhã de Natal, observou que os seus sapatinhos lá continuavam, mas sem nenhum presente dentro deles. Ainda olhou em volta com os seus olhinhos doces, e correu pela pequena casa na esperança de que os presentes tivessem ficado noutro lugar.
Mas, não havia nada!
O seu pai desempregado, com os olhos cheios de lágrimas, observava com atenção o seu filho, à espera de ganhar coragem para lhe dizer que o seu sonho não existia e, com imensa dor no coração, chamou-o:
"Alvarinho, meu filho, vem cá!"
“Pai!"
"O Pai Natal esqueceu-se de mim..."
Ao dizer isto, Alvarinho abraçou o seu pai e os dois deixaram que as lágrimas de tristeza rolassem pelos seus rostos, até que Alvarinho perguntou:
"Ele também se esqueceu do pai, não foi?"
"Não, meu filho. O melhor presente que eu poderia ter tido está nos meus braços, e fica tranquilo, pois eu sei que o Pai Natal não se esqueceu de ti."
"Mas todos as outras crianças vizinhas estão a brincar com os seus presentes...Ele esqueceu-se da nossa casa..., foi isso, esqueceu-se da nossa casa!"
"Não esqueceu, não... O teu presente está a abraçar-te agora, e vai levar-te para um dos melhores passeios da tua vida!"
Então, de mãos dadas, foram para um parque, ali perto, onde Alvarinho brincou com o seu pai durante o resto do dia, voltando somente quando começou a escurecer.
Ao chegar a casa, cansado e muito sonolento, Alvarinho foi para o seu quarto, e "escreveu" para o Pai Natal:
"Querido Pai Natal,
Eu sei que é cedo demais para pedir alguma coisa, mas eu não venho pedir, venho agradecer o presente que hoje me deu.
Desejo que, em todos os Natais que eu passe, faça com que o meu pai se esqueça dos seus problemas, e se possa distrair comigo, passando muitas tardes maravilhosas como a de hoje. Obrigado pela minha vida, pois descobri que afinal não são precisos brinquedos para sermos felizes, mas sim, o verdadeiro sentimento de amor que está dentro de nós, que o Menino Jesus desperta em todos os Natais.
De quem te agradece por tudo,
Alvarinho."E foi dormir...
Quando foi ao quarto para dar boa-noite ao seu filho, o pai viu a carta que ele tinha acabado de escrever e, a partir desse dia, não deixou que os seus problemas afectassem a felicidade deles, e começou a esforçar-se para que todos os dias fossem um Natal para ambos.
Se um simples garotinho de sete anos conseguiu perceber que os melhores presentes que se podem receber não são materiais, porque é que nós não podemos entender o mesmo?
Que todos os que estão a ler esta mensagem consigam fazer com que cada dia seja um verdadeiro Natal, valorizando a amizade, o amor, o carinho, a atenção, a ternura e todos os sentimentos bons que existem dentro de cada um, e que apenas dependem de nós mesmos para poderem brotar livremente, e fazerem brilhar de felicidade os olhos da criança que sempre continua a viver dentro de qualquer um de nós...
A professora, Alexandra Brandão
4 comentários:
Obrigado Alexandra por este belo conto de Natal.
Espero que todos os alunos o leiam juntamente com os pais.
MM
adoro este conto stora' e obrigado por nes mostrar o que o Natal
o segundo comentario e meu
ass:Bruno
Ai $$:
este conto fez chorar, aqui e na aula de Área de Projecto...está tão lindo!
Professora, obrigada por ter postado um conto de Natal tão lindo e que ainda por cima nos "abre os olhos" para muitas situações...com este conto percebi que, o Natal não são só as prendas, o Natal é simbolizado pelo sentimento...pelo amor, pelo carinho, pela paz(...)
Obrigada mais uma vez professora.
Bom fim-de-semana prelongado :P
reporter: Joana Monteiro
Enviar um comentário